4 de fevereiro de 2013

Ilusão ou não




Fonte da Imagem

 
Só há desilusão

Depois de haver uma ilusão.

Não nos vamos iludir, não.

As coisas são como são.

São os olhos que mentem,

São os ouvidos que enganam.

Mas se o faro for apurado,

Tudo fica comprovado.

O que os corações sentem

É simplesmente o que esperam.

Só há desilusão

Depois de haver uma ilusão.

Não nos vamos iludir, não.

As coisas são como são.

É o desejo que fala,

É uma vontade que grita.

Constrói-se um sonho,

Um mundo risonho,

E fica uma saudade que mata

Da ilusão perdida.

Só há desilusão

Depois de haver uma ilusão.

Não nos vamos iludir, não.

As coisas são como são.

Mas também há o olhar que desconfia,

O ouvido que não reconhece a verdade,

E há a mão que vai e toca

E no toque comprova

Que aquilo que pretendia

É uma sólida realidade.

E bate um coração

Depois de haver uma ilusão.

Não vamos desconfiar, não.

As coisas são como são.

 

 

 

2 comentários:

  1. Tirei para mim e vou fazer um quadro com este poema. Vou colocar na minha sala. É lindo. Parabéns!!! Beijinhos. Xénia

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