Veja também: Dicas para desacelerar o pensamento
Tomei conhecimento desta síndrome a ler Augusto Cury. Trata-se de algo cada vez mais presente nos nossos dias.
Tomei conhecimento desta síndrome a ler Augusto Cury. Trata-se de algo cada vez mais presente nos nossos dias.
Abordando a questão de forma simples, trata-se de hiperprodução de pensamentos*. Pensa-se, pensa-se, pensa-se… Depois pensa-se sobre esse pensamento, mais tarde pensa-se sobre o facto de estarmos a pensar sobre esse pensamento e atinge-se níveis de grande abstracção.
Pensa-se em tudo, pensa-se nas várias interpretações possíveis, pensa-se se não se estará a pensar demais, quer-se deixar de pensar e não se consegue.
Tem uma vantagem, se bem que a custos elevados. Consegue-se pensar a longo prazo, prever inúmeras situações, permitindo-nos a prevenção de muitos males e até mesmo o ensaio de discursos futuros.
Também permite um conhecimento detalhado de inúmeras questões e um envolvimento profundo em muitas situações. Isto tanto pode ser bom como mau.
Augusto Cury descreve esta síndrome da seguinte forma: “… uma fábrica de preocupações e tenções…” que transforma “…a psique num poço sem fundo de stress.”
Segundo o autor as causas são: “…excesso de informação, excesso de actividade, excesso de estímulos, excesso de preocupações.” As consequências: “… dores de cabeça, dores musculares, queda de cabelo, taquicardia, falta de ar, gastrite, corpo cansado, (…) irritabilidade, impaciência, reacções explosivas, limiar baixo às frustrações, sofrimento por antecipação, desânimo, insatisfação crónica, baixa concentração e o famoso esquecimento ou défice de memória.”
Um psicólogo apresentou-me, certa vez, uma estratégia para se lidar com esta síndrome que ajuda muito. Ela é: escrever. Ao escrevermos, organizamos o nosso pensamento e arrumamo-lo. Não precisamos voltar a pensar. Está guardado. E se lemos o que escrevemos, torna-se mais fácil apercebermo-nos quando estamos a exagerar.
*Termo utilizado por Augusto Cury
Fonte: CURY, Augusto, Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas, Alfragide, Livros D’Hoje, 2011.
Interessante, tenho SPA, vou tentar essa nova estrategia de escrever.Obrigado
ResponderEliminarTambém vou tentar.Será que pode ser escrita Digital ou no Papel? Parece que a técnica é só para arrumar as Idéias,Compromissos e etc. VALEUUU...
ResponderEliminarSegundo o psicólogo, deve ser no papel, de modo a escrever-se de forma mais lenta. O mundo digital contribui para acelerar o pensamento.
EliminarEu tenho SPA identificado há 5 anos e escrever não me trouxe muitos resultados, pois sempre fui de escrever e me posicionar sobre as ideias. Aacaba por ficar confuso, devido ao grande fluxo de informações e a dificuldade em priorizar.
ResponderEliminarNão existem outros exercícios e/ou hábitos que tragam uma reflexão mais específica sobre como lidar com isso?